Na conferência de imprensa de lançamento da 21.a Semana Europeia das Regiões e dos Municípios, a comissária responsável pela Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, e o presidente do Comité das Regiões, Vasco Alves Cordeiro, juntaram-se hoje para sublinhar o papel crucial que a política de coesão tem desempenhado na atenuação dos efeitos da crise energética e na prestação de ajuda às pessoas que fogem da guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, bem como às pessoas e regiões que os acolhem.
Graças à iniciativa de apoio à energia a preços acessíveis (SAFE), os Estados-Membros podem agora ajudar as pequenas e médias empresas (PME) e os agregados familiares vulneráveis a fazer face ao aumento dos preços da energia. Para o efeito, já foram programados e reprogramados mais de 725 milhões de EUR de fundos da política de coesão. Uma vez que os planos noutros Estados-Membros estão ainda em vias de concretização, o valor total das medidas SAFE poderá atingir 4 mil milhões de EUR.
Através dos pacotes da Ação de Coesão a favor dos Refugiados na Europa (CARE), no montante máximo de 17 mil milhões de EUR, os Estados-Membros reafetaram até ao momento cerca de 1,3 mil milhões de EUR destinados a proporcionar alojamento, cuidados de saúde, habitação, emprego, escolarização e apoio médico, social e psicológico aos refugiados. As flexibilidades oferecidas pela CARE continuarão no período de programação de 2021-2027, incluindo os pagamentos antecipados de 5 % para uma maior liquidez e um cofinanciamento de medidas pela UE de 100 %, o que facilitará a integração de nacionais de países terceiros até 30 de junho de 2024. Pelo menos 30 % das despesas que beneficiam destas medidas deve destinar-se a ações desenvolvidas pelas autoridades locais e pelas organizações da sociedade civil.
Exemplos da solidariedade da UE com a Ucrânia
Exemplos de apoio da UE para as PME e os agregados familiares vulneráveis contra os preços de energia elevados
Os cidadãos consideram também que os projetos financiados pela UE têm um impacto positivo!
Os resultados do novo inquérito Eurobarómetro, que a Comissão publicou hoje, mostram que 39 % dos inquiridos estão globalmente sensibilizados para os projetos financiados pela UE, o que representa um aumento de cinco pontos percentuais em comparação com há 12 anos. Do total de respondentes que têm conhecimento dos projetos financiados pela UE, 79 % consideram que têm um impacto positivo nas regiões.
Contexto
A política de coesão é a principal política de investimento da UE, representando cerca de um terço do orçamento da UE (Quadro Financeiro Plurianual). O objetivo desta política é reduzir as disparidades económicas, sociais e territoriais na UE.
Durante a pandemia de COVID-19, a Iniciativa de Investimento de Resposta ao Coronavírus (CRII) permitiu aos Estados-Membros redirecionar fundos não utilizados do período de 2014-2020 para despesas de emergência, que incluíam encargos com regimes de trabalho temporário, equipamento digital para aulas em linha, máscaras e outros equipamentos de proteção, ventiladores e mesmo vacinas. Graças a estas medidas, foram reprogramados mais de 24 mil milhões de EUR.
Os pacotes CARE, no montante máximo de 17 mil milhões de EUR, ajudaram os países e as regiões a aliviar os encargos para os orçamentos nacionais, programando e reprogramando 1,3 mil milhões de EUR para apoiar os refugiados e as pessoas e regiões que os acolhem. As flexibilidades oferecidas pela CARE continuarão no período de programação de 2021-2027, incluindo os pagamentos antecipados de 5 % para uma maior liquidez e um cofinanciamento de medidas pela UE de 100 %, o que facilitará a integração de nacionais de países terceiros até 30 de junho de 2024. Pelo menos 30 % das despesas que beneficiam destas medidas deve destinar-se a ações desenvolvidas pelas autoridades locais e pelas organizações da sociedade civil.
A iniciativa SAFE permite uma reorientação dos fundos não utilizados adicional para apoiar as PME e os agregados familiares vulneráveis particularmente aqueles afetados pelos elevados preços da energia e para financiar regimes de tempo de trabalho reduzido para manter as pessoas nos seus postos de trabalho. Os Estados-Membros podem utilizar até 10 % da respetiva dotação destinada à política de coesão para fazer face ao aumento acentuado dos preços da energia.
De 9 a 12 de outubro, Bruxelas acolherá a 21.a Semana Europeia das Regiões e dos Municípios. Mais de 7 000 participantes participarão no evento no local, que acolherá mais de 300 sessões e incluirá mais de 1 000 oradores de toda a UE e do mundo. Os temas da Semana Europeia das Regiões e dos Municípios são a eliminação dos obstáculos à cooperação transfronteiriça, a transição energética local em prol da segurança e da sustentabilidade, a promoção da inovação social, as regiões em transição pós-industrial, a retenção de talentos para o crescimento regional e os centros urbanos de pequena e média dimensão como impulsionadores do crescimento.
Mais informações
Intervenção da coesão em prol dos refugiados na Europa
Plataforma de Dados Abertos da Política de Coesão
REPowerEU — Energia a preços acessíveis, segura e sustentável para a Europa
Semana europeia das regiões e dos municípios
@ElisaFerreiraEC