A Comissão e a Nova Zelândia assinaram hoje em Bruxelas o Acordo de Associação sobre a participação da Nova Zelândia no Horizonte Europa, o programa de investigação e inovação da UE.

Trata-se da primeira associação com um parceiro próximo que não está geograficamente próximo da Europa. Assinala uma abordagem completamente nova, segundo a qual a UE reforça ainda mais os seus laços com parceiros de confiança que dispõem de uma base científica sólida e de um historial de investigação sólido.

A associação ao programa Horizonte Europa significa que os investigadores e as organizações da Nova Zelândia poderão participar no Pilar II do programa, a parte colaborativa mais pertinente e mais importante, centrada principalmente nos desafios globais comuns em matéria de clima, energia, mobilidade, digital, indústria e espaço, saúde, e muitos outros. Colaborarão no programa em igualdade de condições com as entidades dos Estados-Membros da UE e terão acesso ao financiamento do Horizonte Europa e a redes de investigadores dentro e fora da Europa com o objetivo de enfrentar os desafios globais.

Na presença da presidente da Comissão, Ursula von der Leyen e do primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins,o diretor-geral do Departamento de Investigação e Inovação da Comissão, Marc Lemaître, assinou o acordo com o Embaixador da Nova Zelândia junto da UE e da NATO, Carl Reaich, e com Marcos Alonso, Embaixador representante permanente do Reino de Espanha junto da UE.

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão, declarou: «Congratulo-me com o facto de abrirmos as portas à participação da Nova Zelândia no Horizonte Europa, o nosso programa emblemático de inovação. Este é o primeiro acordo de associação com um país que não está geograficamente próximo da Europa, mas está muito próximo de muitas outras formas, incluindo a capacidade e a vontade de inovar. Aguardamos com expectativa a oportunidade de conjugarmos os nossos melhores cérebros e talentos para trabalhar em conjunto na próxima geração de projetos de tecnologias limpas, biotecnologias e digitais.»

Uma colaboração mais aprofundada com a Nova Zelândia contribui para a abordagem global da Europa em matéria de cooperação em investigação e inovação num mundo cada vez mais instável e em mutação. Reitera o compromisso da UE de impulsionar a excelência, congregar recursos para acelerar o progresso científico, desenvolver ecossistemas de inovação dinâmicos e promover a abertura mundial, que é também estratégica e recíproca.

O Programa Horizonte Europa introduziu uma profunda reformulação da abordagem da cooperação internacional em matéria de investigação e inovação, dando pela primeira vez a possibilidade de associação de outros países terceiros que partilham as mesmas ideias, com um forte perfil científico, de inovação e tecnológico, localizados fora da proximidade geográfica da UE. Estão atualmente em curso negociações formais de adesão ao Horizonte Europa com o Canadá e, recentemente, a Comissão iniciou negociações com a República da Coreia. Os contactos exploratórios com o Japão foram encerrados em setembro de 2022 e estão em curso discussões técnicas.

Contexto

As relações formais entre a UE e a Nova Zelândia no domínio da investigação e inovação datam de 2009, com a assinatura do Acordo de Cooperação Científica e Tecnológica. O Acordo proporcionou o quadro geral para a cooperação e constitui um fórum de debate regular sobre as prioridades de investigação e os domínios de interesse comum desde então.

O Horizonte Europa é o maior programa de investigação e inovação da UE de sempre, com um orçamento de 95 500 milhões de EUR. Trata-se de um programa aberto, o que significa que participantes de todo o mundo podem tomar parte na maioria dos convites à apresentação de propostas.