A UE e os parceiros africanos lançaram hoje duas iniciativas da Equipa Europa centradas nas rotas migratórias do Atlântico/Mediterrâneo Ocidental e do Mediterrâneo Central, , a fim de assegurar esforços conjuntos dos Estados-Membros e da UE para dar resposta aos desafios em matéria de migração com que a UE e os seus parceiros do Norte de África se deparam devido ao aumento dos fluxos irregulares e aos abusos cometidos pelas redes de introdução clandestina de migrantes. Estas iniciativas contribuirão para implementar a dimensão externa do Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo, bem como para conjugar as atividades dos Estados-Membros e as ações de cooperação e de coordenação levadas a cabo a nível da UE, através de uma «abordagem que abrange as rotas no seu conjunto»
Uma abordagem da migração que abrange as rotas no seu conjunto
As duas iniciativas reúnem os países africanos e os países europeus de origem, de trânsito e de destino e Criará novas oportunidades de coordenação com os países parceiros, os parceiros internacionais e as agências relevantes das Nações Unidas. A IEE para a rota do Mediterrâneo Central apoiará a execução de ações operacionais de gestão da migração no âmbito do Plano de Ação da UE para o Mediterrâneo Central.
Estas iniciativas preveem a intensificação do trabalho conjunto no que respeita aos cinco domínios prioritários do Plano de Ação Conjunto de Valeta, que visa apoiar os parceiros africanos e os parceiros europeus mediante a melhoria da governação da migração.
Próximas etapas
IEE relativa à Rota do Mediterrâneo Central Esta iniciativa, reúne a Comissão Europeia e o Serviço Europeu para a Ação Externa, juntamente com a Áustria, a Bélgica, a Alemanha, a República Checa, a Dinamarca, França, Itália, Malta, os Países Baixos, Espanha e a Suíça, bem como, do lado africano, o Burquina Faso, o Chade, o Egito, a Líbia, o Níger, a Etiópia, a Eritreia, a Somália, o Sudão, a Tunísia, a Costa do Marfim, a Guiné e a Nigéria. Até à data, a UE, os seus Estados-Membros e a Suíça acordaram em consagrar 1,13 mil milhões de euros aos trabalhos sobre os cinco pilares da iniciativa com os seus parceiros africanos.
A IEE relativa à Rota do Atlântico/Mediterrâneo Ocidental será implementada pela Comissão Europeia e o Serviço Europeu para a Ação Externa, juntamente com a Bélgica, a República Checa, a Dinamarca, França, a Alemanha, Itália, os Países Baixos, Espanha e a Suíça que, até à data, mobilizaram 908 milhões de euros para apoiar a cooperação com a Argélia, a Mauritânia, Marrocos, o Senegal, a Gâmbia, o Burquina Faso, a Gana, a Guiné, a Costa do Marfim, o Mali, o Níger e a Nigéria.
As primeiras reuniões para fazer avançar a coordenação das ações no âmbito das duas IEE terão lugar à margem da Conferência Ministerial do Processo de Rabat, em 14 de dezembro, em Cádis, Espanha. Contarão com a participação de altos funcionários da Comissão Europeia, do Serviço Europeu para a Ação Externa, dos Estados-Membros da UE e dos países africanos relevantes.
Contexto
No âmbito do Conselho JAI extraordinário de 25 de novembro, a Comissão comprometeu-se a apoiar os Estados-Membros com soluções operacionais de modo a fazer face aos desafios imediatos e atuais que se colocam ao longo de todas as rotas migratórias. Além disso, o Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo continua a ser a única forma de estabelecer um quadro estável e sustentável para enfrentar os desafios migratórios. Até à data, a Comissão propôs dois planos de ação, um sobre o Mediterrâneo Central e o outro, mais recente, sobre os Balcãs Ocidentais. O lançamento da iniciativa da Equipa Europa corresponde à primeira fase do Plano de Ação da UE para o Mediterrâneo Central, proposto pela Comissão em 21 de novembro.
O lançamento destas iniciativas surge na sequência da Cimeira UE-UA de fevereiro de 2022, que erigiu a migração e a mobilidade numa prioridade política comum de ambos os continentes na Visão conjunta UE-UA para 2030.
Para mais informações
Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo
Pacote de medidas relativas a competências e talentos
Plano de Ação da UE para o Mediterrâneo Central
Plano de Ação da UE contra a introdução clandestina de migrantes