A Comissão congratula-se com a adoção pelo Conselho do 16.º pacote de sanções contra a Rússia. No momento em que a agressão ilegal da Rússia entra no seu quarto ano, este pacote destina-se a aumentar a pressão sobre o agressor, e faz parte do compromisso inabalável da UE para com uma paz justa e duradoura na Ucrânia.
O 16.º pacote de sanções visa setores de importância sistémica para a economia russa, como a energia, o comércio, os transportes, as infraestruturas e os serviços financeiros, acrescentando ainda outras medidas destinadas a combater a evasão às sanções. Para reduzir o risco de contornamento das sanções, algumas disposições do 16.º pacote são agora reproduzidas no regime de sanções contra a Bielorrússia. Além disso, a UE atualizou e reforçou os seus regimes de sanções aplicáveis à Crimeia e a Sebastopol, bem como às zonas não controladas pelo Governo ucraniano das províncias de Donetsk, Quérson, Lugansk e Zaporíjia.
O 16.º pacote de sanções inclui os seguintes elementos principais:
MEDIDAS ANTIEVASÃO
ALARGAMENTO DA LISTA DE SANÇÕES A NOVAS PESSOAS E ENTIDADES
MEDIDAS COMERCIAIS
Proibição da importação de alumínio russo:
As restrições à exportação de produtos de dupla utilização foram alargadas a novos produtos, para privar a Rússia de tecnologias essenciais que tem vindo a utilizar no campo de batalha, incluindo:
As derrogações e isenções limitadas para determinadas exportações de tecnologias de dupla utilização e avançadas, por exemplo para utilização médica, foram clarificadas e reforçadas para promover a sua aplicação efetiva pelas alfândegas e autoridades responsáveis pelo licenciamento.
Além disso, foram introduzidas restrições adicionais à exportação de produtos industriais com especial importância militar, visando especificamente minerais, produtos químicos, aço, materiais de vidro e fogos de artifício.
MEDIDAS NO DOMÍNIO DA ENERGIA
MEDIDAS NO DOMÍNIO DOS TRANSPORTES
Medidas no domínio das infraestruturas
MEDIDAS RELATIVAS AO SETOR FINANCEIRO
A Rússia desviou grande parte dos seus fluxos financeiros para bancos de menor dimensão. O 16.º pacote reforça as nossas medidas no setor financeiro. Em especial:
MEDIDAS CONTRA A DESINFORMAÇÃO
As sanções impostas pela UE estão no cerne da sua resposta à agressão militar injustificada da Rússia contra a Ucrânia, uma vez que enfraquecem a capacidade militar e tecnológica da Rússia, privam o Kremlin das receitas com que está a financiar a guerra e impõem custos cada vez mais elevados à economia russa. Neste sentido, as sanções contribuem para o principal objetivo da UE, que consiste em continuar a trabalhar em prol de uma paz justa e duradoura. Os efeitos das sanções vão acentuar-se ao longo do tempo, à medida que forem minando progressivamente a base industrial e tecnológica da Rússia. Enquanto guardiã dos Tratados da UE, a Comissão Europeia assegura e acompanha a aplicação uniforme das sanções pelos Estados-Membros.
A Rússia está ativamente a tentar contornar as sanções, o que é uma prova clara do impacto das nossas medidas. Tal significa que devemos redobrar os nossos esforços para combater a evasão e estreitar a cooperação com certos países terceiros. O enviado especial para a aplicação das sanções da UE, David O’Sullivan, continua a sensibilizar países terceiros para o combate às tentativas de evasão. Em colaboração com os parceiros que partilham os nossos princípios, chegou-se a um acordo quanto a uma lista de produtos comuns de elevada prioridade que são objeto de sanções, relativamente aos quais as empresas devem permanecer especialmente vigilantes e que os países terceiros não devem reexportar para a Rússia. Além disso, elaborámos também na UE uma lista de produtos objeto de sanções que são economicamente críticos e em relação aos quais as empresas e os países terceiros devem estar particularmente vigilantes.
Jornal Oficial (os textos jurídicos estarão disponíveis em breve)